O primeiro contato com a Amarok foi estranho. Aconteceu na Argentina. O carro ainda não tinha sido lançado e o nome da primeira picape média feita pela Volkswagen tinha acabado de ser escolhido.
Até então ela se chamava Robust e a palavra Amarok soava esquisito e até pretencioso. Explico. Os Inuit são uma população de esquimós que durante séculos vivem próximo do Círculo Polar Ártico.
Durante seis meses do ano eles não vem o Sol e as temperaturas por lá costumam chegar a menos 30 graus centígrados. São guerreiros.
E foi justamente neles, que a Volkswagen se inspirou para criar a sua primeira picape média, a Amarok, que significa lobo na língua dos Inuit. Vocês acharam pretencioso? Vou tentar responder a esta pergunta mais abaixo.
Se a idéia da VW era transmitir robustez e valentia com o design da Amarok, dá para dizer que ela foi bem sucedida. A frente é incorpada, alta, com linhas simples como os Inuit e diretas. Nada de contornos ou firulas com na Mitsubishi L200 Triton.
A Volkswagen fez questão de talhar o gene germânico nas linhas do carro. Os faróis, por exemplo, lembram os do Fox e Polo europeu. Para mostrar a que tribo pertence, o símbolo da marca foi preso por dois filetes logo abaixo do capô.
De frente, alguns vão dizer que a picape te encara e te chama para a briga. Eu concordo. Na dúvida, é melhor abrir caminho.
Já a lateral parece um cachote. Mas nada que lembre uma caixa de leite de papelão frágil. A Amarok está mais para um contêiner. As caixas de rodas são tão altas que a picape equipada com rodas aro 18 parece estar usando aro 13. Por sorte, no Brasil a VW só trará o carro com aro 19. Pelo menos por enquanto.